ainda sente o cheiro e o gosto de suor e as palavras no ouvido.
Palavras e olhares tão reais, que jamais poderiam ser de mentira. Um coração batendo junto ao seu tão real, por que você sabe, coração não bate de mentira...
A questão é que ter sido forte em consequência de um tapa violento, por algo que te derreteu de forma tão doce e voraz, de forma conquistada, delicada, carinhosa, exigiu força. Exigiu indiferença.
Exigiu, também, desprezo por si mesma. Aliás, valeria a pena, cada lágrima derramada por uma máscara caída?
Tempo se passa, e aquela pele alva ainda assombra, tormenta, corta a pele, lateja a cabeça e mais uma vez, me afunda em um poço de tapas em mim mesma. Vergonha de mim, pois é algo impossível, proibido até, indigno de querer novamente.
A questão é que há muitas questões. Muitas que não foram resolvidas. Melhor dizendo, interrompidas. Uma história interrompida.
Acho que vou, então, tornar a deitar na rede e olhar para esse céu sem estrelas."
E foi dormir.
