segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sobre desejos.

Hoje vim contar do que desejo.

Desejo banho de chuva em noite quente, correr na areia e todo o impossível que se tem notícia. Desejo que todas as pessoas a quem eu desagrado sumam do planeta e encontrem paz em Júpiter. Desejo que tudo o que desejo aconteça, e aconteça perfumadamente bem acontecido.

Desejo que aquela dor chata que me incomoda desapareça na velocidade da luz. Desejo que as minhas preocupações virem pré-ocupações e que elas sumam em um simples passeio de bicicleta. Aliás,  desejo poder andar de bicicleta em minha vizinhança sem o perigo de ir parar a sete palmos do chão.

Desejo boiar em mar aberto. Desejo desejar o bem para sempre e o mal para nunca mais. Desejo mandar estapear tudo o que me fez mal até a mão ficar com hematomas. Desejo ir na casa de quem amo e dizer "quero você aqui e agora e não adianta fugir". Desejo também não amar que eu amo e amar quem me ama. Aliás, desejo não acreditar nessa merdinha chamada amor. Desejo só desejar.

Desejo que não exista a possibilidade de eu ter um câncer um dia e nem sofrer de diabetes. Desejo não ouvir sermões e nem receber alfinetes de boca fechada. Desejo parar o relógio, voltar os ponteiros e refazer muita coisa que fiz. Desejo parar o relógio, voltar os ponteiros e refazer muita coisa que fiz, novamente. Desejo bater papo sentar com um mendigo, tomar um café e saber o que é  ser livre. E por fim, desejo não desejar nada e viver.



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