quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Meio-dia se foi.

E hoje acordei e vi que passavam do meio-dia.
Meio-dia.
Meio-dia se foi.
E fui eu que acabei com ele.
Quero dizer, meu sono profundo e sem fundamentos.
Tava acabado. Metade dele.
Não vi o sol nascer,
Não senti aquele frio de manhãs de primavera,
Não senti minhas bochechas rosadas e arderem
E nem minhas orelhas gelarem.
Apenas dormi.
Me afundei nas minhas fases soníferas.
Me afundei na realidade do sonho, do sono,
Dos travesseiros,
Vi que era mais cedo, despertador toca.
Não pensei nas risadas das crianças indo para a escola,
Não senti o cheiro de café,
Tampouco li as manchetes da banca de jornal.
Matei meio-dia.
E com tanto remorso.
O que poderia ter sido.
O que poderia ter feito.
Ficha na academia? Traças.
Há uns livros em minha cabeceira,
Alguns quilos perdidos, mas eu não os acho...
Vontade de tudo.
Vontade de mais.
Vontade do intenso.
Mas eu perdi meio-dia.
Já era.

Um comentário:

  1. Mas foi só 1 meio-dia perdido.
    Vc tem a outra metade do dia.
    E 1 dia perdido é recuperável de alguma forma, pois sempre vai ter um novo dia.

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