segunda-feira, 23 de julho de 2012

"O barulho tem uma vantagem. No meio dele não se ouvem as palavras."

"O barulho tem uma vantagem. No meio dele não se ouvem as palavras." -
( A insustentável leveza do ser - Milan Kundera)

Sou filha de uma mãe hiperativa, que tem cisma com barulhos. A casa precisa ter algum barulho. É uma televisão ligada, uma rádio na cozinha, um ventilador rodando. E eu juro que se não tivéssemos esse recursos, ela utilizaria até um liquidificador rodando para tal feito.
Eu sofro de síndrome do silêncio. Apesar de ser professora, passar a maior parte do tempo falando (e ouvindo), tenho aquele momento em que preciso ouvir só o tic tac do relógio. Ouvir o que as vozes interiores falam, o que eu preciso me redescobrir...e as vezes as palavras, o barulho, só atrapalha esse momento de visão além do que podemos de fato, ver. Sim, sou muito falante e tenho um pézinho no hiperativismo. Mas quando me calo, calo de vez. É o momento em que não quero barulhos. E nem palavras.

Uma breve reflexão em meio à barulhos de um teclado ensurdecedor.

 


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