sábado, 15 de setembro de 2012

É por ali.

É por aí.
É quase lá,
Se não for,
O caminho, pelo menos, já se sabe.

Passou por ali,
Fez-se o que devia,
Ou não devia,
Mas, não deixou em branco.

Teve história pra contar,
Teve coisa pra lembrar,
Lágrima pra derramar,
E sabe, a vida é de lágrima.

Música que se dançou,
Dança sem música,
Grito sem voz,
Voz clara e apática.
Pranto, dor e silêncio?

De tudo, há.
Se não tem, a gente arruma,
Até se compra,
Mas o dom de amar, desculpe.

É por aí,
É quase lá,
Pula uma poça aqui,
Arranha a própria pele,
Engole o próprio choro e suspira de alívio.

É por aí,
Pode ser que não há,
Motivo para entender ou explicar
O será, o que já foi e o que é
Ponto de interrogação e interjeições no bolso.

Gota de chuva que já caiu sobre ti,
Sobre mim,
Lama que já se afundou,
É por aí,
É por ali.







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