terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Final da história

E retrucou:
 - É mesmo, e sabe de uma coisa? Não nasci para ser comum. Não nasci para viver coisas comuns. Não nasci para viver de tédio. De marasmo. Do mais ou menos. Ou é quente ou é frio. Ou me engole ou me cospe. Sou intensa mesmo. Desde pequena, bato pé, sei o que quero, o que não quero, meto a cara, vou até o fim, me jogo, pulo de montanha, me machuco e cuido do meu próprio machucado. Bebo a vida em uma única dose mesmo. Passo do drama para a comédia pastelão em minutos, sim. Minha vida é fantasia e realidade sim. Minha vida é pintada como uma tela branca e mil tintas, sim. Me reinvento todo dia, sim E se não gostou, procura sua turma, vai ciscar em outra vizinhança. Boa noite.
E em seguida lavou o rosto, sorriu para o espelho e continuou a costurar.
Se vivesse mesmo uma vida de fantasias, como lhe dissera, preferia viver esse mundo de fantasias sozinha. Nas fantasias, o mundo é sempre mais bonito.







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