segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Minha teoria da pseudo-sabedoria

Segundo Sócrates, "O mais inteligente é aquele que sabe que não sabe."


Me apoio nesse pensamento socrático  para que eu possa entender o porquê de estar aqui. O porquê de servir às pessoas minha vontade de ajudar, minha vontade de fazê-la subir montes altos, minha vontade de que ela caia, mas se levante. Minha vontade de que ela se machuque sim, mas que eu venha com uma caixinha de pronto-socorros para ajudar. Mas infelizmente, minhas boas intenções não funcionam na prática. Com esse pensamento, eu quero é salvar o mundo. Pobre Kassia.

Muitas pessoas me julgam como "sabe-tudo, contemporânea, ´mete as caras´, personalidade forte e que sabe o que quer". Sim pra mim isso é julgamento. Sou um ser de fraquezas e quanto mais eu busco saber, mais eu tenho noção de que não sei de coisa nenhuma.

Se eu não sei de determinado assunto, eu prefiro não opinar. Não uso palavras difíceis e nem olhares horizontais. Não me sinto diminuída pelo grau de sabedoria maior alheio. Por que sabedoria não é com livros, autores ilustres e nem palavras enfeitadas com o novo acordo ortográfico. A famosa sabedoria é o famoso "tomar no cú para se fuder e aprender."

Com licença. Sim, permitam-me usar uma dose de vocabulário chulo pela primeira vez em meu blog, mas existem certas coisas que só conseguimos explicar com o português, que segundo Milllôr Fernandes, "são recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia."


Sim a teoria simples e já conhecida "meta as caras, se jogue, se arrependa, se foda e sim, você aprenderá". Sim, de fato. Eu só aprendi assim. Minha mãe também. Meu pai. O tio da pipoca. O vassoureiro. O Eike Batista. E você também.
E não adianta alertar do tombo e do grau da "fodissão" para o seu ente querido, amigo, enteado, peguete, ficante, amante ou coisa do tipo. Por quê, segundo minha estrada breve, percebi que a banda toca mais ou menos assim:

1º: A pessoa vai achar que você está errada.
2º: A pessoa terá muitos argumentos contra.
3º: A pessoa está com muita vontade de se jogar na merda;
4º: Você, como não quer que ela se foda, vai tentar a todo custo impedir;
5º: Ela achará que isso é uma conspiração e começará a falar sobre a teoria da conspiração;
6º: Você aperta o foda-se e deixa a pessoa se foder.;
7°: A pessoa vai e se fode.
8º: Bingo. A pessoa aprendeu.

A pessoa não aprenderia se ela não se jogasse. Não teria lições por ela mesma. E ás vezes, não podemos exigir esse grau de maturidade que atingimos quando patinamos na bosta. Por quê ela só vai ver que a bosta escorrega e é ruim se ela for.

Não são palavras de Clarice Lispector. Não são trechinhos de William Shakespeare. Não é o Dalai Lama,
Não são figurinhas com palavras bonitinhas no facebook. Não é o Paulo Coelho. Nem a sua mãe. A sabedoria é adquirida realmente sentindo o gosto amargo da vida.

E se fores e tiveres a lição e quiseres voltar para me contar... À vontade. Teremos muitas experiências para trocar. Fiz amigos nos poços que frequentei e eu e os ratinhos até brincávamos de jogo da velha. Até que foi divertido.

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