terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Quando amar vira medo

Borboletas no estômago,
E existe medo.
Medo de cair,
Medo do machucado,
Medo da altura.
Medo de dizer o que pensa,
Medo de verbalizar o que sente,
Medo de não ser aquilo o que te esperam que sejam.
Medo dos fantasmas passados,
Medo de toda a maravilha se tornar dor,
E medo.
Medo até de sentir medo.
De acordar e seu castelo desmoronar,
Medo em acreditar demais,
Medo em confiar demais,
Em se dedicar demais,
Medo em gostar muito do colo que te acalenta,
Da voz que te acalma,
Do abraço que te conforta,
E um dia, ele não existir mais.
Ou até mesmo em horas.
Medo em não saber o que se pensa,
De não saber o que se passa no profundo alheio,
Medo em enxegar muita verdade,
Medo em se afogar no fundo daqueles olhos castanhos,
Me perder,
E nunca mais voltar.

2 comentários:

  1. Medos existem minha flor, mas, devemos aprender a despista-los com as alegrias dos momentos juntos. Se foca nisso, não tenha medo de ser feliz, mesmo por horas, minutos que podem virar anos... ou não. Temos que viver na corda bamba, mas, não cair se ela balançar....

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  2. Ás vezes queremos ser acostumados com conforto, com o seguro, com o que já conhecemos, com o familiar. O que nos faz inseguros, o que é desconhecido; causa estranheza, desconfiança e, sim, medo. Sendo que muitas vezes para a vida ter aquela pitada de especialidade temos que mergulhar naquilo que não conhecemos, no escuro, na expectativa, na adrenalina, na aventura e no inseguro. Essa é a intensidade que sempre busco. É essa corda bamba, sempre balançando...

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