quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Diálogo entre Letícia e eu.






Minha vida tem sido uma comédia pastelão, um drama shakespeariano  com cenas que beiram as mais bizarras besteiras, o clichê mais batido, a mesmice, dor na barriga de risada, dor de cabeça de lágrimas e tonturas de ansiedade.


Em meio a fatos e irrealidades, meu diálogo entre Letícia de Abreu Figueiredo* e eu, o ser que sempre vos fala em forma de dígitos, Kassia Falcão:


"E se... " faz anos que esta história começou. Sem anexo, sem índice,sem bibliografia tentamos esconder a conclusão do que nem soubemos digerir.
Não vamos deixar mudar nosso sorriso. Vamos deixa-lo pra o lado as vezes que forem necessárias; não sei mostrar o meu lado mais suave com algumas pessoas e às vezes tenho me mostrado todos os dias uma patetinha. (por vezes pergunto onde é que eu perdi o que me restava de amor próprio e racionalidade?).
Acho que nós duas somos protótipos ideal da patente que deve ser registada; já pegamos os caras que são inteligentes e gênios da lampada; já pegamos os engraçados mas que quando abrem aquela boca só nos dá vontade de dar corda aos sapatos e apanhar o primeiro vôo para a lua; já apanhamos os donos da comédia e esses faziam o gato fedido ser um êxito do mundo e agora para alcançar o pedestal. Eu por exemplo, já dei de maluca porque nunca me julguei capaz de amar alguém que me impressiona com as poucas falas que não ensaiou. Não, eu nunca poderia amar alguém que nem me faz desconfiar de uma nota de cem reais presa na minha caixa de correio." - Letícia

"Sim, e se essa nota de cem reais parecer tão verdadeira quanto o seu reflexo no espelho? Sim, e se toda a sua sabedoria te dar um tapa na cara, rir na sua cara, cuspir na sua cara e dizer ´bobinha, você não sabe é nada! Vai andar mais por aí e entender o que é mesmo uma nota de cem reais e o que realmente é valoroso....' Sim, nós duas com tantas andanças, tantos desertos em busca de água e abrigo. Ambas com tanta certeza, e ao mesmo tempo a certeza de que nada é como a gente planeja. Mas a gente vive. E se joga. E se esparrama. E se faz de puta, santa, boba, fera bicho "anjo e mulher", parafraseando musiquinhas. Por que acreditamos que uma mulher só é pouca coisa para uma só mulher, uma faceta só é pouca coisa, o pouco é muito, o muito é pouco. E o valoroso? O merecido. Ou o não merecido? Só com muita cabeça na parede, um copo d´água, um café, um cigarro e a conta, por favor." - Kassia


* Letícia de Abreu Figueiredo, amiga, pianista, filha, tia de gêmeos, origens luso-brasileiras como as minhas, futura licenciada em Letras, aprecia boa cerveja, boas risadas, gente fina, elegante, sincera e com habilidade a dizer mais sim do que não.


Um comentário:

  1. Adorei nossa reflexão aqui! São coisas que a gente aprende,sofre mas aprende e com isso nos fortalecemos,não cairemos no mesmo erro! Tudo nessa vida tem um significado,até aquela pessoa que outrora era a razão da sua vida e hoje é um ser sem a mínima significância. Mas nesses reveses da vida,tropeços a gente aprende. A dor é pedagógica mesmo quando ela parece ser eterna. O importante é crer que nada acontece por acaso e tudo que Seus faz é bom e está certo!

    Kássia menina mulher,letrada,suis generis que possui uma inteligência única e não sofre com falta de cromossomos(interna).

    Força sempre e um brinde ao que vier :)

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