sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Reflexão através de Pink Floyd - Time (Tempo)

Indo embora os momentos que formam um dia monótono
Você desperdiça e perde as horas de uma maneira descontrolada
Perambulando num pedaço de terra na sua cidade natal
Esperando alguém ou algo que venha mostrar-lhe o caminho


Sempre assim. Um dia qualquer. Horas desperdiçadas de forma voraz, ansiosa...Quer viver tanto que não vive nada. Expectativas em alguém ou algo que te diga "vai lá, vai dar certo e você não vai se fuder".

Cansado de deitar-se na luz do sol, ficar em casa observando a chuva
Você é jovem e a vida é longa e há tempo para matar hoje
E depois, um dia você descobrirá que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando correr, você perdeu o tiro de partida


A máxima de não vermos as coisas simples da vida. Essa frase, "coisas simples da vida" é clichê, mas porra, a vida é isso! Você quer mais o quê dela? Correr, correr, atrás de um ovini?

E você corre e corre para alcançar o sol mas ele está se pondo
E girando ao redor da Terra para nascer atrás de você outra vez
O sol é o mesmo de uma forma relativa, mas você está mais velho
Com pouco fôlego e um dia mais próximo da morte

E você corre, corre, em busca do "ideal, perfeito e intenso", quer alcançar o sol e fodam-se todos. E realmente. O mundo gira, gira, e pára no mesmo lugar. Fato. O quando ele parar no mesmo lugar, o sol será de fato o mesmo. E quando você olhar pra trás, olha quanta merda você plantou...ou não. E se o sol nasce para todos, a morte também.

Cada ano está ficando mais curto, você parece nunca ter tempo.
Planos que dão em nada ou em meia página de linhas rabiscadas
Aguentando em desespero quieto é o jeito inglês
O tempo se foi, a canção terminou, pensei que tivesse algo mais a dizer


É...anos se passam...planos que não saem da cabeça...aquele amigo distante que você não visita a anos...aquele pedido de desculpas que está entalado no seu esôfago...planos...linhas rabiscadas...livros de auto-ajuda...E o tempo se vai. E vai mesmo. Tá indo. Quando você for ver....foi.

Em casa, em casa novamente,
Eu gosto de estar aqui quando posso
Quando eu chego em casa com frio e cansado,
É bom esquentar meus ossos ao lado do fogo
Muito longe, atravessando o campo
O badalar do sino de ferro
Convoca os fiéis a se ajoelharem
Para ouvir feitiços ditos em voz suave.

Ahhhh, lar, doce, lar....como gostamos da nossa casa! Queridos, é o comodismo. Quem não gosta de ter tudo sempre no lugar. Parado. Sem grandes emoções. No máximo, uma inércia. É onde nos esquentamos do frio. Mas será que esse aquecimento é bom o suficiente? Te conforta? Você nem sabe. Suave. Tudo em busca do suave. E o tempo. O tempo não é suave. O tempo. É, tempo.



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